Cariri paraibano sedia a segunda etapa do Concertos do Nordeste

Após passar pelas cidades de Fortaleza, Crato e Juazeiro no Ceará e Sousa e Cajazeiras na Paraíba o projeto Concertos do Nordeste chega ao fim. Foram dois finais de semana de muitas vivências e trocas entre público e artistas, experiências únicas que o evento pôde proporcionar.

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Marinho Boffa

Ontem (02/03), o último dia do projeto em Cajazeiras(PB),  foi iniciado com a oficina Harmonia Moderna e Improvisação com o maestro, compositor e arranjador Marinho Boffa. O músico, a partir de uma abordagem dialógica, expôs a relação existente entre música erudita e popular no que diz respeito a improvisação, ritmo e harmonia.  A oficina, que ocorreu nos turnos da manhã e tarde procurou, em linhas gerais, transmitir aos presentes a importância de entender a troca existente entre estas duas categorias musicais.

Trio TrinadosFoto: Vandilson Lima/Cobertura Colaborativa

Trio Trinados
Foto: Vandilson Lima/Cobertura Colaborativa

Foi justamente essa troca entre o erudito e o tradicional/popular que se pôde acompanhar durante a primeira noite do evento em Cajazeiras-PB. Já na segunda e última noite, quem abriu as apresentações foram os cearenses do Trio Trinados. Com um repertório basicamente composto por músicas eruditas, que trouxe releituras principalmente dos clássicos, o trio emocionou a platéia, que, como na primeira noite, aplaudia bastante.

A programação continuou com a apresentação do Ritual das Cordas(CE), segunda atração da noite. O grupo, formado em 2010 com objetivo de disseminar a prática instrumental da música de concerto camerística, experimentou novos arranjos em cima da obra de artistas nacionais e internacionais eruditos e da música instrumental, que contou com a participação especialíssima do trompetista cearense Italo Rômulo.

Pontões do Pombal Foto: Vandilson Lima/Cobertura Colaborativa

Pontões do Pombal
Foto: Vandilson Lima/Cobertura Colaborativa

Quem fechou a segunda e última noite de Concertos do Nordeste foi o secular Pontões de Pombal. Formado basicamente por homens do campo, o grupo fundado em 1893 é um dos maiores representantes da resistência da cultura popular no sertão paraíbano. A apresentação trouxe ao palco do Concertos danças utilizadas nos festejos de Nossa Senhora do Rosário; manifestação popular que se dá através de uma dança guerreira, especificamente masculina, com passos livres e coreografias embaladas pela musica instrumental. A festa foi encerrada com a participação do publico, que foi convidado a dançar junto com o grupo e seus pontões.

Em Cajazeira o evento foi um sucesso e provou que a cidade sabe receber bem seus visitantes. Que venha a próxima edição!

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